domingo, abril 05, 2009

Aborrecimento

 

Não pude imaginar a vida

sem que a estivésse já a viver,

não a pude imaginar sem preconceitos,

sem nada saber, com inocência.


Talvez seja esta a razão deste meu aborrecimento,

deste continuo encontro com sorrisos já esperados...


Quero un dia novo,

vinte e quatro horas de momentos não pensados.

Estou farta de protagonizar histórias incrivéis

mas por desgraça já sentidas.

Peço num grito, a quem sei que não existe,

que me traga um dia novo,

ou que me explique com convicção

que o melhor será talvez

encomendar algumas doses

de pura e doce resignação.


2 comentários:

  1. O poema é lindo... mas custa-me imaginar-te aborrecida...

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  2. Doce ilusão este teu título,
    grito escondido em cortinas de silêncio.

    beijo

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