terça-feira, julho 03, 2012

Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites, manhãs e madrugadas em que não precisamos de morrer. Então sabemos tudo do que foi e será. O mundo aparece explicado definitivamente e entra em nós uma grande serenidade, e dizem-se as palavras que a significam. Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas mãos. Com doçura. Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a vontade e os limites. Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos ossos dela. Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres como a água, a pedra e a raiz. Cada um de nós é por enquanto a vida. Isso nos baste. José Saramago

quinta-feira, junho 28, 2012

Amores

Están los amores imposibles, esos puntos dorados en el libro de nuestras vidas. Están los amores posibles, esos por los que hay que luchar a diario para que no se vuelvan des-necesarios. Y están los otros, sin nombre, que nos matan y nos entretienen, y nos fuerzan a respirar...