quarta-feira, abril 29, 2009
Espera
e quantas horas os dias vazios?
Quantos suspiros tem a saudade
e quantas ilusões o bem querer?
Quantas dúvidas nascem de uma recordação
e quantas certezas de uma despedida?
Quantos sorrisos ficam guardados
e quantas palavras não são ditas?
Quantos nada querem saber... porque preferem viver...
segunda-feira, abril 20, 2009
Sin impulsos ni voluntades
tocando aquello que no quise guardar
por miedo a enredarme en ti.
Ya nadie me dice: no puedo olvidarte.
Y todas las palabras están allá, lejos, tan lejos que las siento.
El tiempo pasó deprisa, sin impulsos ni voluntades.
Hoy te entrego mi alma, envuelta en mil miradas,
perdida en las cuerdas de tu guitarra, silenciosa.
Y pienso, pienso compulsivamente en que me gustaría lograr decir:
echo de menos lo que nunca tuve… y no tener, otra vez.
quarta-feira, abril 15, 2009
Poeta contando (Rafael Sarmenteiro)
"Poeta Contando
Un, dos, tres, cuatro, cinco, seis, siete, once.
Rafael Sarmentero"
sábado, abril 11, 2009
Ás vezes
Às vezes, quando o mundo me parece pequeno, fecho-me no meu ser e viajo uma e outra vez à volta de ideias e de sonhos que me levam muito longe... tão longe que me perco... tão longe que às vezes não regresso. Mas esse mundo distante de repente também é pequeno... e viajo uma e outra vez à volta de ideias e de sonhos que me levam muito longe...
Às vezes, quando só os outros me compreendem, protejo o meu coração ferido entre as recordações de vidas passadas, onde fui original e onde a alegria e o fracasso tinham sabor, mas às vezes, quando o tempo me quer devolver espaços onde fui feliz, fujo, e busco horizontes livres de decepções e desenganos...
Às vezes, quando nada acontece às vezes, e a rotina da vida não escolhida me ensina a ser uma máquina triste e redimida, nesses às vezes, encontro as cores de uma vida que pode ser sentida quando às vezes tu me beijas. Às vezes vivo e nesses às vezes sou feliz.
No pasa un día (Martín López-Vega)
"No pasa un día
No hay que ser muy exigente:
una sonrisa en el momento justo,
un ritmo y unas notas,
simplemente un amanecer,
el borrador de un poema
o el mismo Borges
recordándonos que no pasa
un día sin haber estado,
al menos un momento,
en el paraíso.
Martín López-Vega"
... e entendi que outros pensavam como eu, o paraíso, se existe, está mesmo aqui ao lado.
terça-feira, abril 07, 2009
Primeiros passos
Liberdade
segunda-feira, abril 06, 2009
Palavras
Palavras escondidas,
disfarçadas, maltratadas...
cuspidas nas ruas da rotina,
são guardanapo, cigarro,
fralda descartável
a meio caminho entre a loja e o lixo!
Encerram mágoas e paixões,
traduzem à letra o que não se escreve,
as palavras!
De tanto usadas decoradas,
mas esquecidas, perdidas em frases
que andam perdidas pelo mundo.
Palavras banais ou requintadas,
bem pronunciadas ou apenas ditas,
curtas, compridas, doces, amargas...
...palavras.
domingo, abril 05, 2009
O mundo encolheu!
A minha avó nasceu numa aldeia pequenina e o cenário da sua vida levantou-se numa área de não mais de 100.000 km2. A minha avó sabia que o mundo era grande, porque algumas pessoas iam para um sitio que se chamava estrangeiro e demoravam muito tempo a regressar. Nesse tempo as viagens eram verdadeiras aventuras, requeriam vários dias de preparação e muitas decisões. Viajar era algo realmente importante e por isso frequentemente se vestiam roupas boas para essa ocasião.
Aborrecimento
Não pude imaginar a vida
sem que a estivésse já a viver,
não a pude imaginar sem preconceitos,
sem nada saber, com inocência.
Talvez seja esta a razão deste meu aborrecimento,
deste continuo encontro com sorrisos já esperados...
Quero un dia novo,
vinte e quatro horas de momentos não pensados.
Estou farta de protagonizar histórias incrivéis
mas por desgraça já sentidas.
Peço num grito, a quem sei que não existe,
que me traga um dia novo,
ou que me explique com convicção
que o melhor será talvez
encomendar algumas doses
de pura e doce resignação.